E lá estava ela, perdida em seus pensamentos. A cada pergunta, uma lágrima escorria pelo seu rosto e a sensação de vazio e a dor no peito aumentavam.
Começou a recordar de quando havia tomado aquela decisão, da certeza que tinha de que tudo daria certo, aliás, não tinha como dar errado, a própria sensação de euforia, e alegria que teve, deixava claro que estava fazendo a coisa certa. Mas não, ou pelo menos até este instante, não estava dando certo e por isso, a cada pensamento, a cada lembrança, tentando colocar os pingos nos "is" de o porque de tudo isso, a dor no peito aumentava.
E lá estava ela perdida, sem rumo, sem chão, tentando encontrar uma solução para aquilo que estava acontecendo. O que faltou falar? o deveria ter sido feito para não chegar a esse extremo? aonde foi que ela errou?, ou melhor, tinha a certeza que o erro não era dela, que quando ela chegou o barco já tinha afundado, "a velha já estava morta"(modo de falar).
Ela não tinha mais o que fazer, "não adiantava mais chorar o leite derramado". Mas o que a indignava, era que a vítima era ela, e muitas vezes, queriam fazê-la sentir diferente, como se estivesse fazendo tempestade em copo d'água.
E agora, o que fazer? não encontrava a resposta e as lágrimas continuavam a escorrer e o peito a doer.
Nostalgia, bello escrito. Emociona... tocante.
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