Estou lendo o livro "Em outras palavras" de Lya Luft. Primeiramente quero deixar aqui registrado que comecei a ler Lya Luft devido a algumas frases encontradas nas postagens do blog da minha querida e amada amiga Renata Machado, então me interessei em procurar essas leituras e confesso que estou apaixonada por Lya, ainda mais quando me deparo com textos e/ou frases dela que me reportam ao meu dia a dia, e também as coisas que penso, só não consigo colocar no papel, ou falar para as pessoas, com medo de uma certa rejeição, porque a maioria das pessoas não gostam de ouvir as verdades, a verdade dói, mas eu prefiro assim, pois quem fala a verdade não merece castigo, embora eu veja que a falsidade que faz parte da vida de muitos é mais aceita. É mais fácil eu ser falsa, cínica com alguém e ela me aceitar e ainda me adorar, do que eu falar cara a cara o que eu não gosto e sair como a má da história. Confesso que preciso fazer terapia para aceitar esse modo de vida.
Bem, o texto "Faxinando mitos", é muito verdadeiro. Vivemos em cima de mitos, coisas impostas que acreditamos ser verdades e que devemos seguir sem nenhuma contestação, apenas baixando a cabeça e dizendo sim, tabus que ninguém discute.
"Por exemplo, o mito da santa mãe, raiz de tanto sofrimento inútil, infantilizados que somos até morrer. Primeiro engano: nem toda mulher nasce para ser mãe, nem toda mãe é santa. Aliás, muitas são algozes".(Lya Luft)
Hoje assistimos direto nos noticiários mães matando seus filhos, ou fechando os olhos para os abusos sexuais, ou violência física dentro da própria casa, fingindo que não estão vendo, mães que saem de casa e abandonam suas crianças indefesas, bebês que são jogados na lata do lixo, deixados à sua própria sorte. Então vão me fazer acreditar que toda a mãe é santa? que toda mãe ama seu filho incondicionalmente? canso de ouvir que mãe é só uma! Será?
Eu já vi mãe batendo no rosto do filho, só porque ele escolheu amar uma pessoa que ela não concorda, porque é egoísta e acha que ela que sabe o que é melhor para ele. Eu já vi mãe colocando o filho contra o pai, porque mais uma vez o egoísmo fala mais alto. Mas esquece que nessa "brincadeira toda" quem sofre é o filho. E então?
Também penso que nem toda a mulher nasceu para ser mãe e que a vida para ser feliz não tem que ser aquele "estereótipo" de família feliz: mãe, pai, e dois ou três filhos. Sabe aqueles comerciais de margarina, aquele outdoors de venda de imóveis ou de automóveis, a família feliz com sua casa própria e com seu carro.
Outra grande verdade é o mito do bom velhinho: "nem todo o velho é bom só por ser velho. Ao contrário, se não acumularmos bom-humor, autocrítica, certa generosidade e cultivo de afetos vários, seremos velhos rabugentos que afastam família e amigos. Nem sempre o velho ou velha está isolado porque os filhos não prestam, ou a vida foi injusta.
Muitas vezes tornam-se tão ressequidos de alma, tão ralos de emoções, tão pobres de generosidade e alegria, que espalham ao seu redor, uma atmosfera gélida que espanta quem for se aproximar". (Lya Luft)
O respeito é algo fundamental para uma boa convivência, existe uma máxima: respeite para ser respeitado!
Muitas pessoas mais velhas se abusam, exatamente por serem velhos, pensam que a prioridade é sempre deles, pensam que podem abrir a boca e sair falando o que querem e que temos que ouvir quieto, por ser alguém de idade. Isso é um absurdo.
Já presenciei senhores de idade esbarrando em alguém sem pedir desculpas; já presenciei humilhações de pessoas de idades, sem motivo nenhum, apenas porque gostam de destratar os outros, porque pensam que é melhor, porque já viveram mais, porque tem experiência de vida. mas essa mesma experiência deveria servir para entender que o respeito e bom todos gostam, inclusive ele.
Legal. Comecou a producao intelectual.
ResponderExcluirVerdade tudo isso que você disse acima sempre que releio seus livros, chego a mesma conclusão, ela escreve para mim.
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